Prótese Dental

sábado, 6 de dezembro de 2008

Prótese Fixa e removível

Este caso demonstra a associação de uma prótese fixa anterior, com 7 coroas em metalo-cerâmica (reparem, a parte da "metalo-" fica sob a "-cerâmica", imperceptível, que dá resistência à peça) suportadas em 4 raízes, e uma prótese removível retida por encaixes localizados na distal (extremo posterior) da prótese fixa anterior. A paciente optou por realizar uma prótese removível posterior por não desejar realizar implantes na região, e por fatores estéticos foi realizado encaixes para esconder a retenção da prótese removível. No desenho temos o esquema de uma prótese removível, só que retida por "grampos", que são anti-estéticos. Os encaixes permitem uma melhor resolução estética, embora sua indicação passe pela decisão de ter que desgastar os dentes que servirão como suporte para a prótese onde os encaixes estarão inseridos. Pela numeração da imagens mais abaixo será possível entender melhor.




Nos desenhos acima temos um caso hipotético de ausência da quase totalidade dos dentes posteriores, onde o tratamento foi realizado com uma prótese removível retida com grampos. Este caso tem a desvantagem de que os grampos ("ferrinhos" que aparecem ao sorrir) são anti-estéticos. Além disso as próteses removíveis não recuperam completamente a função mastigatória, já que, se estão retidas nos dentes, estão apoiadas sobre a gengiva e esta tem uma resiliência (como se fosse uma elasticidade) que, ao indivíduo mastigar, cederá e não "sustentará" uma função mastigatória com a perfeição encontrada quando temos próteses suportadas em dentes ou implantes. Essa resiliência da gengiva acaba transmitindo esforços laterais danosos aos dentes retentores, que, sobrecarregados, podem vir a apresentar problemas futuros. Mas vamos adiante no caso clínico.




Nas imagens acima vemos a paciente ao realizar o exame inicial (foto 1), e com a prova da estrutura de metal onde será aplicada a cerâmica (a cerâmica é "aplicada sobre o metal visto na foto 2, a uma temperatura de aproximadamente 970º C) que fica aderida firmemente ao metal, e dificilmente fratura os se desprende sob a mastigação normal. A foto 3 é uma representação das raízes dos dentes que a paciente ainda possuía, os quais estavam já bem comprometidos (veja foto 1), e que foram desgastados para receber a prótese fixa.





Na foto 4 vemos o encaixe confeccionado na extremidade posterior estrutura metálica, e ele é feito em ambos os lados para possibilitar a retenção da prótese removível. Na foto 5 a cerâmica (ou porcelana, é a mesma coisa) já está aplicada sobre a estrutura metálica. Esta é uma visão posterior, onde vemos os encaixes em ambos os lados, e onde a removível será "encaixada" e retida. Na foto 5 as duas peças, a parte fixa anterior, que ficará cimentada, fixa nas raízes, que não poderá ser removida de forma alguma pelo paciente (dou ênfase a isso porque alguns não entendem que há uma parte fixa e outra removível), e outra removível posterior. Esta será removida pelo paciente para realizar a higiene. Uma parêntese aqui. Alguns perguntam, porque não realizar toda ela fixa? Este caso não permite isso porque precisaria de uma suporte posterior, como um dente ou implante. Próteses extensas sem suporte nas extremidades ocasionam sobre-esforços que podem ocasionar fraturas nos dentes que ainda estão presentes. Repare que neste caso as forças da mastigação serão direcionadas para o longo eixo das raízes. Casos como o questionado acima transmitirão esforços fora do longo eixo, tendendo a "dobrar" as raízes, ocasionando, invariavelmente, fraturas nos dentes suporte. Voltando ao caso.
Como a paciente não desejou realizar os implantes, a opção correta foi a realização da prótese removível.





Na foto 7 a parte fixa com a adaptação da peça nos dentes já realizada. Outro parêntese aqui: uma das prerrogativas para o sucesso das próteses "fixas", unidas aos dentes e/ou raízes remanescentes, é realizar uma excelente adaptação, e isso só é possível realizando uma perfeita moldagem e confecção da peça protética. Isso impedirá ou dificultará a formação de cáries nas partes ainda remanescentes desses dentes, permitirá uma higiene normal destes e da prótese, e terá grande longevidade. Cáries poderão ocorrer, como ocorrem também em dentes íntegros, mas pela cobertura quase total do dente pelas coroas em metalo-cerâmica (isso quando está bem adaptada), isso ocorrerá apenas em casos com pobre colaboração do paciente, e mesmo assim quando este ainda apresente muita tendência à cárie.
Observe nesta mesma foto que a confecção das cerâmicas foi feita de forma a dar uma aparência de "desalinhamento" dos dentes, com eles um pouco girados ou com alturas e desgastes da borda incisal diferentes. Isso representa uma característica estética comum aos pacientes dessa idade. Realizar uma prótese com os dentes alinhados daria uma aparência artificial por ser incomum em indivíduos dessa idade.
Na foto 8 a paciente com a boca parcialmente aberta e na foto 9 ela com os dentes ocluindo em uma nova prótese superior.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Caso Clínico

Prótese Fixa superior, e inferior realizada na região anterior, com prótese removível na região posterior, já que a paciente não desejava realizar implantes nesta região.


segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Caso Clínico

Prótese Fixa de canino a molar



Caso Clínico

Paciente chegou ao consultório com fratura da raiz no canino, pilar anterior da prótese fixa, . A paciente não optou pela realização de implantes posteriores ao dente comprometido, mas como a fratura da raiz estava subgengival, para manter a saúde gengival o planejamento deveria necessariamente passar pela preservação do espaço biológico ("gengiva") que poderia ficar comprometida com uma coroa adaptada muito profundamente. A solução se daria através de uma cirurgia para aumento de coroa clínica no dente fraturado, aumentando a coroa do dente fraturado e expondo a fratura, ou o tracionamento da raiz, trazendo a fratura para a região supra-gengival.
O aumento da coroa clínica do canino, através da cirurgia, proporcionaria uma desproporção (com o comprometimento da estética) entre o comprimento da coroa do canino em relação ao dente mais anterior. A opção foi a realização do tracionamento da raiz por um aparelho removível. Embora a tração da raiz diminua o comprimento da raiz deste dente pilar, e isso em um pilar de uma prótese extensa deve ser levado em consideração, mas esta opção foi possível por ser um canino, com raiz extensa e volumosa, permitindo a absorção de forças dos dentes suspensos ausentes da prótese. A opção ideal, sem dúvida, seria a colocação de implantes e utilizá-los como ancoragem para o tracionamento do dente fraturado, e por serem utilizados posteriormente como suporte para futuras coroas individuais.
Nas imagens abaixo vemos o dente fraturado com um botão ortodôntico (peça de metal colada na "frente" da coroa provisória), que serviu para realizar o seu tracionamento, e na seqüência a raiz fraturada já exposta, quando foi possível dar continuidade ao tratamento.
Sem dúvida esse procedimento só é possível quando a fratura se dá em um nível não muito profundo, ou muito subgengival.